sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Escrever.

"Se você quer ser compreendido, escute." em Babel, filme de Alejandro Gonzalez Iñárritu

Se você quer escrever bem, leia.


Em um diálogo, temos condições de mudar as sentenças, abortar frases, blabuciar palavras, reexplicar-se, voltar atrás. Em um diálogo gesticulamos. Construímos, ou tentamos construir, a cada instante um textoque possa ser compreendido por quem nos escuta.

Pelo menos, acreditamos que nos estamos fazendo compreender. Muitas vezes, esse não é o caso. Achamos que fomos compreendidos, mas logo percebemos - pelas reações e comentários de quem nos ouve - que o cerne da idéia foi perdido. Isto ocorre principalmente porque o ato de dialogar compreende também o escutar. O destinatário envia constantemente sinais que podem auxiliar a guiar o diálogo, levando ao entendimento. Contudo, tão embuídos somos cada um de nós em nossos próprios mundos, que somos muitas vezes incapazes de reconhecer a mensagem que nos é destinada e que auxilia a guiar nossas próprias palavras. Abrir-se para o outro, captar-lhe gestos, palavras e intenções ajuda a fazer com que nós mesmos sejamos compreendidos na medida em que podemos mais rapidamente mudar a estrutura ou intenção do diálogo, adaptando-o ao seu contexto e às pessoas que nos ouvem. Neste sentido, às vezes, é nosso desejado silêncio aquele que mais contribui para que o diálogo entre nós e os demais se desenvolva satisfatoriamente.

Ao escrevermos um texto, essa contemporaneidade é perdida. Não há mais possibilidade de mudar aquilo que escrevemos a cada instante, nem de ler a mensagem do leitor para adaptar o texto às suas necessidades. Não existe a possibilidade de interagir direta e imediatamente com quem nos escuta. Em princípio, podemos ter idéia de quem será o leitor de nosso texto, pois determinados assuntos e a forma como são abordados cativam o interesse de um determinado público (imagine textos em diversas revistas e quem se interessa em lê-las). Naturalmente, isso ajuda a escrever o texto. Contudo, devemos nos lembrar que o autor não estará presente para explicar o que determinado trecho do texto significa. Tampouco será possível modificá-lo segundo a reação de quem o lê.

Por isso, uma vez escrito, o texto deverá ser auto-suficiente. Ele deve bastar-se a si mesmo para que possa ser compreendido. O leitor deve ser capaz de caminhar pelas veredas do texto livremente e o texto deve fornecer todos os elementos para que isto aconteça, fornecendo a linguagem e a argumentação necessárias para que o leitor siga seu caminho sem perder-se. É responsabilidade do texto - e portanto do autor - cirar condições para isto ocorra.
Para que um autor assim se exprima, seu trabalho começa já antes do ato de escrever. Começa com outros textos. Começa com o aprender a dialogar (no sentido descrito no início deste texto). Sem o hábito de ler (e de dialogar com os textos que lê), muito dificilmente uma pessoa conseguiria escrever de forma clara e proveitosa.

Ler, no sentido de dialogar com o texto, não significa somente passar os olhos decifrando palavras, apreendendo seu significado mais imediato. Ler, em sentido mais amplo, é reconhecer no mundo, interagindo com o que se desdobra diante de nossos olhos. É descobrir o mundo, assim como descobrimos olhando ao nosso redor, novos aspectos a cada instante, mesmo se que olhemos sempre para uma mesma paisagem. Ler é interagir com o texto, compreendendo-o, contextualizando-o, percebendo suas nuances, suas entrelinhas, tomando posição frente a sua mensagem, imaginando em que sentido esta tem ou não a ver com sua vida.

"Se você chorar [lendo um texto], tenha orgulho de si mesmo,
pois você foi capaz de liberar a dor e aliviar seu coração,
abrindo novas possiblidades de crescimento e aceitação"
(adaptação a partir de um antigo texto yogui)

A partir do momento em que conseguimos ler interagindo com o texto, percebendo até que ponto ele pode influenciar nossa vida e o modo como enxergamos o mundo, quando podemos criticar construtivamente o que lemos, então estamos preparados para escrever.

Para começar a escrever, e escrever bem, a segunda regra é a prática. Com a prática nos acostumamos a ler nosso texto com os olhos de um leitor, antes que outra pessoa tenha acesso a ele. Isso faz com que possamos modificá-lo, deixando mais clara a argumentação para que o texto seja auto-suficiente.

Para isso, é necessário manter a atenção em dois aspectos: primeiro, escrever de forma direta e fácil, evitando frases longas e confusas, tentando abordar um assunto de cada vez (segundo o tópico frasal de casa oração) e, segundo, explorar cada assunto ao máximo. Para isso serve o tópico frasal, que é sempre a primeira sentença de uma oração e que guia o conteúdo desta. Por exemplo, se a primeira frase desta oração versa sobre escrever de forma direta e fácil, devemos nos abster de fazer outros comentários que não os indicados nesta frase. Se mantivermos o texto centrado em cada um dos tópicos frasais a cada parágrafo, conseguiremos criar um texto mais organizado e cuja argumentação será explorada, em cada um deles, sem repetições ou confusão (idas e vindas entre diversos argumentos).

Outro aspecto que pode deixar o texto melhor é ter coragem de jogar fora frases (ou idéias) de efeito, bonitas, que nos são caras, mas que não servem ao texto. Eliminando frases que não ajudem a elucidar a argumentação do texto, podemos expor mais rápida- e claramente o assunto. Menos muitas vezes é mais.

Para finalizar, temos de ter em vista os conectores entre as idéias, por isso, estudar as conjunções e frases que sirvam para unir idéias (mesmo contrapondo-as) é importante. Muitas vezes o texto está bem escrito, mas a união entre duas idéias contraditórias com uma conjunção errada compromete o entendimento do que quer ser dito e portanto invalida a argumentação utilizada.

Para aprender a escrever, o melhor profesor é você mesmo. Aprenda a dialogar, escutando o que as pessoas têm a dizer. Aprenda a ler, compreendendo o texto com o coração aberto e pratique escrevendo todos os dias. Logo, criar um texto será como respirar... necessário e fácil.

http://www.art.net/~vision/dov2J.html

sábado, 23 de agosto de 2008

TODAS AS LÍNGUAS


Na INTERPLANET você fala a língua de todo o mundo e todos entendem a sua língua.
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Christiane e o INTERPLANET


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INTERPLANET - SONHOS






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terça-feira, 12 de agosto de 2008

CRISE MUNDIAL DE 1929 - O Crash de NY

Após a primeira guerra mundial (1918), os EUA eram o país mais rico do planeta. Além das fábricas de automóveis, os EUA também eram os maiores produtores de aço, comida enlatada, máquinas, petróleo, carvão.... Nos 10 anos seguintes, a economia norte-americana continuava crescendo causando euforia entre os empresários. Foi nessa época que surgiu a famosa expressão “American Way of Life” (Modo de Vida Americano). O mundo invejava o estilo de vida dos americanos. A década de 20 ficou conhecida como os “Loucos Anos 20”. O consumo aumentou, a indústria criava, a todo instante, bens de consumo, clubes e boates viviam cheios e o cinema tornou-se uma grande diversão. Os anos 20 foram realmente uma grande festa! Nessa época, as ações estavam valorizadas por causa da euforia econômica. Esse crescimento econômico (também conhecido como o “Grande Boom”) era artificial e aparente, portanto logo se desfez. De 1920 até 1929, os americanos iludidos com essa prosperidade aparente, compraram várias ações em diversas empresas, até que no dia 24 de outubro de 1929, começou a pior crise econômica da história do capitalismo. Vários fatores causaram essa crise: - Superprodução agrícola: formou-se um excedente de produção agrícola nos EUA, principalmente de trigo, que não encontrava comprador, interna ou externamente.- Diminuição do consumo: a indústria americana cresceu muito; porém, o poder aquisitivo da população não acompanhava esse crescimento. Aumentava o número de indústrias e diminuía o de compradores. Em pouco tempo, várias delas faliram.- Livre Mercado: cada empresário fazia o que queria e ninguém se metia.- Quebra da Bolsa de Nova York: de 1920 a 1929, os americanos compraram ações de diversas empresas. De repente o valor das ações começaram a cair. Os investidores quiseram vender as ações, mas ninguém queria comprar. Esse quadro desastroso culminou na famosa “Quinta-Feira Negra” (24/10/1929 - dia que a Bolsa sofreu a maior baixa da história).Se o valor das ações de uma empresa está desabando, o empresário tem medo de investir capital nessa empresa. Se ele investe menos, produzirá menos; se produz menos, então, não há motivo para tantos empregados, o que levará o empresário a demitir o pessoal. Muitos empresários não sobreviveram à crise e foram à falência, assim como vários bancos que emprestaram dinheiro não receberam de volta o empréstimo e faliram também. A quebra da bolsa trouxe medo, desemprego e falência. Milionários descobriram, de uma hora para outra, que não tinham mais nada e por causa disso alguns se suicidaram. O número de mendigos aumentou. A quebra da bolsa afetou o mundo inteiro, pois a economia norte-americana era a alavanca do capitalismo mundial. Para termos uma idéia, logo após a quebra da bolsa de Nova York, as bolsas de Londres, Berlin e Tóquio também quebraram. A crise fez com que os EUA importassem menos de outros países, como conseqüência os outros países que exportavam para os EUA, agora estavam com as mercadorias encalhadas e, automaticamente, entravam na crise. Em 1930, a crise se agravou. Em 1933, Roosevelt foi eleito presidente dos EUA e elaborou um plano chamado New Deal. O Estado passou a vigiar o mercado, disciplinando os empresários, corrigindo os investimentos arriscados e fiscalizando as especulações nas bolsas de valores. Outra medida foi a criação de um programa de obras públicas. O governo americano criou empresas estatais e construiu estradas, praças, canais de irrigação, escolas, aeroportos, portos e habitações populares. Com isso, as fábricas voltaram a produzir e vender suas mercadorias. O desemprego também diminuiu. Além disso, o New Deal criou leis sociais que protegiam os trabalhadores e os desempregados. Para acabar com a superprodução, o governo aplicava medidas radicais que não foram aceitas por muitas pessoas: comprava e queimava estoques de cereais, ou então, pagava aos agricultores para que não produzissem.O New Deal alcançou bons resultados para a economia norte-americana. Essa terrível crise que atravessou a década ficou conhecida como Grande Depressão.Os efeitos econômicos da depressão de 30 só foram superados com o inicio da Segunda Guerra Mundial, quando o Estado tomou conta de fato sobre a economia ajudando a ampliar as exportações. A guerra foi então, uma saída natural para a crise do sistema capitalista. Na década de 30, ocorreu a chamada “Política de Agressão (dos regimes totalitários – Alemanha, Itália e Japão) e Apaziguamento das Democracias Liberais (Inglaterra e França)”.A política de agressão culminou em 1939 quando a Alemanha nazista invadiu a Polônia dando por iniciada a Segunda Grande Guerra.

1930 Getúlio Vargas

O Golpe de Getúlio
Nas eleições de 1930, o candidato da oposição, Getúlio Vargas, é derrotado nas urnas. Alguns meses mais tarde, Vargas lidera um golpe que o conduz à presidência da República. Nas primeiras décadas do século vinte, a política brasileira é comandada pelos grandes proprietários de terra. O presidente da República é apoiado pelos governadores dos estados que representam as oligarquias regionais dos coronéis. Mas os grandes beneficiados são os cafeicultores de Minas Gerais e São Paulo. A cada queda nos preços internacionais do café, o governo compra os estoques dos fazendeiros, dividindo os prejuízos com o resto do país. Na década de 1920, a industrialização e o crescimento das cidades promovem a ascensão de novos grupos sociais. O operariado se organiza e, em 1922, funda o Partido Comunista do Brasil.
Setores da classe média, proprietários de terra sem representação no governo, além de jovens oficiais do Exército, não aceitam mais um governo a serviço dos fazendeiros do café. Diversas revoltas militares explodem ao longo dos anos 20.
Com a grande depressão, em 1929, os preços do café despencam. A saca, que custava duzentos mil réis em agosto de 29, passa a 21 mil réis em janeiro do ano seguinte. A crise atinge toda a economia brasileira. Mais de 500 fábricas fecham as portas em São Paulo e Rio de Janeiro. O país tem quase dois milhões de desempregados no final de 1929. A miséria e a fome atingem a maioria da população.
Em janeiro de 1930, o presidente da República, Washington Luis, de São Paulo, lança o também paulista Júlio Prestes para a sua sucessão. Mas um paulista sucedendo outro na presidência romperia a tradicional alternância de poder entre São Paulo e Minas Gerais. Os políticos mineiros vão engrossar as fileiras da oposição.
A Aliança Liberal, uma frente de oposição, apresenta o gaúcho Getúlio Vargas candidato a presidência, tendo o paraibano João Pessoa como vice. As eleições dão a vitória ao candidato do governo. Em julho, João Pessoa é assassinado no Recife, por questões pessoais. A Aliança Liberal se une aos militares e inicia uma revolução. A revolta explode no Rio Grande do Sul, Paraíba e Minas Gerais. Mas logo se alastra pelo país. O Presidente Washington Luis é deposto. O candidato eleito Júlio Prestes se refugia na Embaixada Inglesa. Em 3 de novembro de 1930, Getúlio Vargas assume a chefia do Governo Provisório. Naquela tarde, os soldados gaúchos dirigiram-se para a avenida Rio Branco e amarra-ram seus cavalos no obelisco que ali existia. Era o fim da República Velha.
Após o golpe, Getúlio via-se com a formidável tarefa de organizar um governo que superasse os antagonismos regionais e empreendesse a modernização do país. Pode-se imaginar que os primeiros inimigos eram sua própria inexperiência e a pouca profundidade de seus apoios. Ao contrário do que se costuma afirmar, Getúlio Vargas não era nesse período uma liderança carismática. A estrutura social do país e a debilidade dos meios de comunicação dificultassem o aparecimento desse tipo de liderança e, além do mais, o estilo cultivado por Getúlio nos anos anteriores era o do negociador, silencioso e discreto, e não o do condutor de massas. Se algum dos líderes de 1930 era carismático, esse homem era Osvaldo Aranha.
O outro obstáculo grave à constituição de um poder mais forte era a inexistência de partidos políticos ou de correntes ideológicas com um mínimo de coesão, que sustentassem as decisões do novo governo e lhe servissem como ponto de referência. Entre a retórica da centralização e a realidade havia um enorme abismo. As alianças eram voláteis, desintegravam-se com muita facilidade ao primeiro entrechoque. Getúlio apoiava-se, na realidade. em dois blocos que se haviam aliado ocasionalmente: de um lado, as lideranças políticas dos Estados revoltosos, sobretudo as do Rio Grande do Sul e de Minas Gerais; do outro, o movimento tenentista. Havia reunido velhos amigos e feito alguns novos durante os últimos anos; mas não alimentava grandes ilusões quanto à estabilidade desses apoios, pois percebia o conflito latente entre os tenentes e as oligarquias (e também entre aqueles e a hierarquia do Exército regular). Não demorou a perceber que o seu poder pessoal só se afirmaria enquanto permanecesse corno a ponte entre essas duas correntes, ou enquanto pudes-se equilibrar-se acima delas como quem se equilibra de pé sobre dois cavalos a galope.
O Ministério formado por Getúlio em 1930 era inteiramente heterogêneo, reflexo da Variedade das forças políticas que compunham a Aliança Liberal. O Ministério da Fazenda coube a um banqueiro paulista vinculado ao Partido Democrático, José Maria Whitaker; o de Viação e Obras Públicas, a Juarez Távora, principal nome tenentista da Revolução; o da Agricultura, a Assis Brasil, "libertador" gaúcho, que havia muito tempo se empenhava na elaboração de um Código Eleitoral moderno e democrático; o da Educação foi dado a Francisco Campos, de Minas Gerais, identificado com as correntes tenentistas mais radicais, de pensamento centralizante, notório simpatizante do fascismo italiano.
Nos primeiros rounds, a vantagem era nitidamente tenentista. Contando com o repúdio da opinião pública urbana às oligarquias tradicionais e com sua própria mobilização, o grupo conseguiu avançar sua idéia básica o prolongamento da situação revolucionária de modo a implantar as reformas que julgava necessárias. Seu programa pretendia ir além da simples moralização dos processos eleitorais, introduzindo a representação Por classes profissionais, panacéia então em voga em Virtude da ascensão do fascismo.
Pregava também uma maior intervenção do Estado na economia e a nacionalização de alguns setores básicos, como as minas e as quedas d'água. Getúlio já havia criado o Ministério do Trabalho (então vinculado ao da Indústria e Comércio), mas os tenentistas pressionavam por um programa mais abrangente na área trabalhista, dentro da concepção de um Estado que promovesse. a harmonia (ou o controle) das relações capital-trabalho. Propostas desse tipo eram bem recebidas por Getúlio, também inclinado a deixar para trás o conservadorismo repressivo da República Velha por meio do paternalismo "atualizado" das doutrinas corporativistas.
Mas a questão básica, iniludível, era a consolidação do poder central diante dos Estados. Getúlio manteve Olegário Maciel à frente do governo de Minas e nomeou Flores da Cunha e Carlos Lima Cavalcanti, revolucionários locais, para os governos do Rio Grande e de Pernambuco, respectivamente, mas entregou os outros Estados a interventores egressos dos quadros tenentistas.

Renascença -ARTE

Copérnico

RENASCIMENTO

O termo Renascimento é comumente aplicado à civilização européia que se desenvolveu entre 1300 e 1650. Além de reviver a antiga cultura greco-romana, ocorreram nesse período muitos progressos e incontáveis realizações no campo das artes, da literatura e das ciências, que superaram a herança clássica. O ideal do humanismo foi sem duvida o móvel desse progresso e tornou-se o próprio espírito do Renascimento. Trata-se de uma volta deliberada, que propunha a ressurreição consciente (o re-nascimento) do passado, considerado agora como fonte de inspiração e modelo de civilização. Num sentido amplo, esse ideal pode ser entendido como a valorização do homem (Humanismo) e da natureza, em oposição ao divino e ao sobrenatural, conceitos que haviam impregnado a cultura da Idade Média.
Características gerais: * Racionalidade * Dignidade do Ser Humano * Rigor Científico * Ideal Humanista * Reutilização das artes greco-romana
ARQUITETURA
Na arquitetura renascentista, a ocupação do espaço pelo edifício baseia-se em relações matemáticas estabelecidas de tal forma que o observador possa compreender a lei que o organiza, de qualquer ponto em que se coloque.
“Já não é o edifício que possui o homem, mas este que, aprendendo a lei simples do espaço, possui o segredo do edifício” (Bruno Zevi, Saber Ver a Arquitetura)
Principais características:
* Ordens Arquitetônicas * Arcos de Volta-Perfeita * Simplicidade na construção * A escultura e a pintura se desprendem da arquitetura e passam a ser autônomas * Construções; palácios, igrejas, vilas (casa de descanso fora da cidade), fortalezas (funções militares)
O principal arquiteto renascentista:
Brunelleschi - é um exemplo de artista completo renascentista, pois foi pintor, escultor e arquiteto. Além de dominar conhecimentos de Matemática, Geometria e de ser grande conhecedor da poesia de Dante. Foi como construtor, porém, que realizou seus mais importantes trabalhos, entre eles a cúpula da catedral de Florença e a Capela Pazzi.
PINTURA
Principais características:
* Perspectiva: arte de figura, no desenho ou pintura, as diversas distâncias e proporções que têm entre si os objetos vistos à distância, segundo os princípios da matemática e da geometria.
* Uso do claro-escuro: pintar algumas áreas iluminadas e outras na sombra, esse jogo de contrastes reforça a sugestão de volume dos corpos.
* Realismo: o artistas do Renascimento não vê mais o homem como simples observador do mundo que expressa a grandeza de Deus, mas como a expressão mais grandiosa do próprio Deus. E o mundo é pensado como uma realidade a ser compreendida cientificamente, e não apenas admirada.
* Inicia-se o uso da tela e da tinta à óleo.
* Tanto a pintura como a escultura que antes apareciam quase que exclusivamente como detalhes de obras arquitetônicas, tornam-se manifestações independentes.
* Surgimento de artistas com um estilo pessoal, diferente dos demais, já que o período é marcado pelo ideal de liberdade e, conseqüentemente, pelo individualismo.

Os principais pintores foram: Botticelli - os temas de seus quadros foram escolhidos segundo a possibilidade que lhe proporcionavam de expressar seu ideal de beleza. Para ele, a beleza estava associada ao ideal cristão. Por isso, as figuras humanas de seus quadros são belas porque manifestam a graça divina, e, ao mesmo tempo, melancólicas porque supõem que perderam esse dom de Deus. Obras destacadas: A Primavera e O Nascimento de Vênus.
Leonardo da Vinci - ele dominou com sabedoria um jogo expressivo de luz e sombra, gerador de uma atmosfera que parte da realidade mas estimula a imaginação do observador. Foi possuidor de um espírito versátil que o tornou capaz de pesquisar e realizar trabalhos em diversos campos do conhecimento humano. Obras destacadas: A Virgem dos Rochedos e Monalisa.
Michelângelo - entre 1508 e 1512 trabalhou na pintura do teto da Capela Sistina, no Vaticano. Para essa capela, concebeu e realizou grande número de cenas do Antigo Testamento. Dentre tantas que expressam a genialidade do artista, uma particularmente representativa é a criação do homem. Obras destacadas: Teto da Capela Sistina e a Sagrada Família
Rafael - suas obras comunicam ao observador um sentimento de ordem e segurança, pois os elementos que compõem seus quadros são dispostos em espaços amplo, claros e de acordo com uma simetria equilibrada. Foi considerado grande pintor de “Madonas”. Obras destacadas: A Escola de Atenas e Madona da Manhã.
ESCULTURA
Em meados do século XV, com a volta dos papas de Avinhão para Roma, esta adquire o seu prestígio. Protetores das artes, os papas deixam o palácio de Latrão e passam a residir no Vaticano. Ali, grandes escultores se revelam, o maior dos quais é Michelângelo, que domina toda a escultura italiana do século XVI. Algumas obras: Moisés, Davi (4,10m) e Pietá. Outro grande escultor desse período foi Andrea del Verrochio. Trabalhou em ourivesaria e esse fato acabou influenciando sua escultura. Obra destacada: Davi (1,26m) em bronze. Principais Características:
* Buscavam representar o homem tal como ele é na realidade * Proporção da figura mantendo a sua relação com a realidade * Profundidade e perspectiva * Estudo do corpo e do caráter humano

O Renascimento Italiano se espalha pela Europa, trazendo novos artistas que nacionalizaram as idéias italianas. São eles: * Dürer * Hans Holbein * Bosch * Bruegel
Para seu conhecimento
- A Capela Sistina foi construída por ordem de Sisto IV (retangular 40 x 13 x 20 altura). E é na própria Capela que se faz o Conclave: reunião com os cardeais após a morte do Papa para proceder a eleição do próximo. Lareira que produz fumaça negra - que o Papa ainda não foi escolhido; fumaça branca - que o Papa acaba de ser escolhido, avisa o povo na Praça de São Pedro, no Vaticano - Michelângelo dominou a escultura e o desenho do corpo humano maravilhosamente bem, pois tendo dissecado cadáveres por muito tempo, assim como Leonardo da Vinci, sabia exatamente a posição de cada músculo, cada tendão, cada veia. - Além de pintor, Leonardo da Vinci, foi grande inventor. Dentre as suas invenções estão: “Parafuso Aéreo”, primitiva versão do helicóptero, a ponte elevadiça, o escafandro, um modelo de asa-delta, etc.
- Quando deparamos com o quadro da famosa MONALISA não conseguimos desgrudar os olhos do seu olhar, parece que ele nos persegue. Por que acontece isso? Será que seus olhos podem se mexer? Este quadro foi pintado, pelo famoso artista e inventor italiano Leonardo da Vinci (1452-1519) e qual será o truque que ele usou para dar esse efeito? Quando se pinta uma pessoa olhando para a frente (olhando diretamente para o espectador) tem-se a impressão que o personagem do quadro fixa seu olhar em todos. Isso acontece porque os quadros são lisos. Se olharmos para a Monalisa de um ou de outro lado estaremos vendo-a sempre com os olhos e a ponta do nariz para a frente e não poderemos ver o lado do seu rosto. Aí está o truque em qualquer ângulo que se olhe a Monalisa a veremos sempre de frente.

A REPÚBLICA VELHA - BRASIL 1889





Introdução


O período que vai de 1889 a 1930 é conhecido como a República Velha. Este período da História do Brasil é marcado pelo domínio político das elites agrárias mineiras, paulistas e cariocas. O Brasil firmou-se como um país exportador de café, e a indústria deu um significativo salto. Na área social, várias revoltas e problemas sociais aconteceram nos quatro cantos do território brasileiro.


A República da Espada (1889 a 1894)


Em 15 de novembro de 1889, aconteceu a Proclamação da República, liderada pelo Marechal Deodoro da Fonseca. Nos cinco anos iniciais, o Brasil foi governado por militares. Deodoro da Fonseca, tornou-se Chefe do Governo Provisório. Em 1891, renunciou e quem assumiu foi o vice-presidente Floriano Peixoto.
O militar Floriano, em seu governo, intensificou a repressão aos que ainda davam apoio à monarquia.
A Constituição de 1891 ( Primeira Constituição Republicana )


Após o início da República havia a necessidade da elaboração de uma nova Constituição, pois a antiga ainda seguia os ideais da monarquia. A constituição de 1891, garantiu alguns avanços políticos, embora apresentasse algumas limitações, pois representava os interesses das elites agrárias do pais. A nova constituição implantou o voto universal para os cidadãos ( mulheres, analfabetos, militares de baixa patente ficavam de fora ). A constituição instituiu o presidencialismo e o voto aberto.
República das Oligarquias


O período que vai de 1894 a 1930 foi marcado pelo governo de presidentes civis, ligados ao setor agrário. Estes políticos saiam dos seguintes partidos: Partido Republicano Paulista (PRP) e Partido Republicano Mineiro (PRM). Estes dois partidos controlavam as eleições, mantendo-se no poder de maneira alternada. Contavam com o apoio da elite agrária do país.Dominando o poder, estes presidentes implementaram políticas que beneficiaram o setor agrário do país, principalmente, os fazendeiros de café do oeste paulista.
Política do Café-com-Leite


A maioria dos presidentes desta época eram políticos de Minas Gerais e São Paulo. Estes dois estados eram os mais ricos da nação e, por isso, dominavam o cenário político da república. Saídos das elites mineiras e paulistas, os presidentes acabavam favorecendo sempre o setor agrícola, principalmente do café (paulista) e do leite (mineiro). A política do café-com-leite sofreu duras críticas de empresários ligados à indústria, que estava em expansão neste período.Se por um lado a política do café-com-leite privilegiou e favoreceu o crescimento da agricultura e da pecuária na região Sudeste, por outro, acabou provocando um abandono das outras regiões do país. As regiões Nordeste, Norte e Centro-Oeste ganharam pouca atenção destes políticos e tiveram seus problemas sociais agravados.
Política dos Governadores


Montada no governo do presidente paulista Campos Salles, esta política visava manter no poder as oligarquias. Em suma, era uma troca de favores políticos entre governadores e presidente. O presidente apoiava os candidatos dos partidos governistas nos estados, enquanto estes políticos davam suporte a candidatura presidencial e também durante a época do governo.


A figura do "coronel" era muito comum durante os anos iniciais da República, principalmente nas regiões do interior do Brasil. O coronel era um grande fazendeiro que utilizava seu poder econômico para garantir a eleição dos candidatos que apoiava. Era usado o voto de cabresto, em que o coronel (fazendeiro) obrigava e usava até mesmo a violência para que os eleitores de seu "curral eleitoral" votassem nos candidatos apoiados por ele. Como o voto era aberto, os eleitores eram pressionados e fiscalizados por capangas do coronel, para que votasse nos candidatos indicados. O coronel também utilizava outros "recursos" para conseguir seus objetivos políticos, tais como: compra de votos, votos fantasmas, troca de favores, fraudes eleitorais e violência.
O Convênio de Taubaté


Essa foi uma fórmula encontrada pelo governo republicano para beneficiar os cafeicultores em momentos de crise. Quando o preço do café abaixava muito, o governo federal comprava o excedente de café e estocava. Esperava-se a alta do preço do café e então os estoques eram liberados. Esta política mantinha o preço do café, principal produto de exportação, sempre em alta e garantia os lucros dos fazendeiros de café.
A crise da República Velha e o Golpe de 1930


Em 1930 ocorreriam eleições para presidência e, de acordo com a política do café-com-leite, era a vez de assumir um político mineiro do PRM. Porém, o Partido Republicano Paulista do presidente Washington Luís indicou um político paulista, Julio Prestes, a sucessão, rompendo com o café-com-leite. Descontente, o PRM junta-se com políticos da Paraíba e do Rio Grande do Sul (forma-se a Aliança Liberal ) para lançar a presidência o gaúcho Getúlio Vargas. Júlio Prestes sai vencedor nas eleições de abril de 1930, deixando descontes os políticos da Aliança Liberal, que alegam fraudes eleitorais. Liderados por Getúlio Vargas, políticos da Aliança Liberal e militares descontentes, provocam a Revolução de 1930. É o fim da República Velha e início da Era Vargas.
Galeria dos Presidente da República Velha :


Marechal Deodoro da Fonseca (15/11/1889 a 23/11/1891), Marechal Floriano Peixoto (23/11/1891 a 15/11/1894), Prudente Moraes (15/11/1894 a 15/11/1898), Campos Salles (15/11/1898 a 15/11/1902) , Rodrigues Alves (15/11/1902 a 15/11/1906), Affonso Penna (15/11/1906 a 14/06/1909), Nilo Peçanha (14/06/1909 a 15/11/1910), Marechal Hermes da Fonseca (15/11/1910 a 15/11/1914), Wenceslau Bráz (15/11/1914 a 15/11/1918), Delfim Moreira da Costa Ribeiro (15/11/1918 a 27/07/1919), Epitácio Pessoa (28/07/1919 a 15/11/1922),Artur Bernardes (15/11/1922 a 15/11/1926), Washington Luiz (15/11/1926 a 24/10/1930).





quarta-feira, 4 de junho de 2008

O PENSAMENTO POLÍTICO DE ROUSSEAU


Rousseau-“O Contrato social”

Jean- Jacques Rousseau foi um filósofo, teórico do pensamento político que viveu no século XVIII, na Suíça. Nasceu em 1712 e morreu em 1778.
Até aos dias de hoje, Rousseau, um autor do iluminismo, é base de correntes de pensamento, como as ligadas ao movimento anticapitalista, e, por conseguinte, base para os pensamentos socialistas e comunistas.
“ O Contrato Social” é apontada como a obra prima deste autor e nela ele expõe o conceito de contrato social. A definição de contrato social apresentada por Rousseau diz que este é um Pacto de Associação e não de submissão entre os membros de uma sociedade, ou seja, o contrato social é um acordo entre os indivíduos para que seja possível a criação de uma sociedade, ano de fundo necessário à criação e surgimento de um Estado. A liberdade está inerente na lei livremente aceita
É a partir da análise da obra “ O contrato Social” que verificamos a profunda distinção entre a definição de contrato social de Rousseau, e as definições apresentadas por Hobbes e Locke, como teremos oprtunidade de ver em outra altura.
Para Rousseau, o homem é naturalmente bom e é a sociabilização que o degenera, este tema ele discute na obra: “ Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens” (1755)

VONTADE GERAL
Rousseau introduz um elemento fundamental para a manutenção e bom funcionamento do Estado, qual seja, a vontade geral. Esta surge do conflito entre os interesses individuais e vontades particulares dos cidadãos.
A vontade geral distingue-se da vontade de todos e neste sentido o autor escreve:

“Há, às vezes, diferença entre a vontade de todos e a vontade geral: esta só atende ao interesse comum, enquanto a outra olha o interesse privado, e não é senão uma soma das vontades particulares. Porém, tirando estas mesmas vontades, que se destroem entre si, resta como soma dessas diferenças a vontade geral.” (Rousseau, 1980 : 32)

A vontade geral é, portanto, a busca do interesse comum somando as diferenças dos interesses particulares.

Na esteira do pensamento rousseauniano temos a noção de democracia participativa. Para o autor, os Estados de pequenas dimensões garantem a participação efetiva de seus cidadãos o que por sua vez garante a liberdade e a igualdade entre esses homens ( dois aspectos fundamentais para este autor).

No entanto, Rousseau afirma que nunca existiu democracia e jamais existirá.


Questão:

1-Imagina que você está no vestibular da Fuvest, 2ªfase, e a questão a ser desenvolvida tem como tema central a democracia no Brasil, os direitos dos homens e a sociedade. Como você usaria a teoria do Rousseau para ajudar na fundamentação da sua resposta.

terça-feira, 3 de junho de 2008

CRISE DOS ALIMENTOS


Vamos entender alguns pontos fundamentais que estão na base da crise dos alimentos que se tornou um tema central na atualidade mundial.


O que aconteceu com o preço dos alimentos?
O preço dos alimentos subiu em média 83% nos últimos três anos, segundo o Banco Mundial. Em apenas um ano, houve fortes aumentos na cotação internacional do milho (31%), do arroz (74%), da soja (87%) e do trigo (130%). Segundo a FAO e a OCDE, os preços devem se manter altos nos próximos dez anos.

Quem foram os mais afetados pela crise?
As pessoas mais pobres em várias partes do mundo são as mais afetadas. Por exemplo, estima-se que, após o aumento dos preços, uma família pobre em Bangladesh precisa usar metade da sua renda diária para comprar apenas dois quilos de arroz.
O Banco Mundial estima que 100 milhões de pessoas caíram para baixo da linha da pobreza, sobrevivendo com US$ 1 por dia, nos últimos dois anos, e que o aumento no preço dos alimentos seria o principal motivo.
Segundo a FAO, a região mais atingida é a África Subsaariana, onde estão 21 dos 36 países com crise de segurança alimentar. A região importa 45% do trigo e 84% do arroz consumido.
A crise provocou violência e desabastecimento em vários lugares do mundo, como Haiti, Indonésia, Egito.

Que fatores estão levando ao aumento do preço dos alimentos?
Acredita-se que diferentes fatores contribuem para o aumento do preço. Entre eles estão:- O aumento do preço dos combustíveis e insumos energéticos, que afetam toda a cadeia de produção, desde o custo de produção (para abastecer tratores, por exemplo) até a ponta final (preço do transporte dos alimentos).- Especulação no mercado internacional de commodities, cujo volume de negócios aumentou mais de dez vezes nos últimos quatro anos, atingindo US$ 150 bilhões.- O aumento da produção de biocombustíveis no mundo, que destina cada vez mais terra para produção de combustíveis, em detrimento dos alimentos.- A melhoria na qualidade de vida de países emergentes de grande população, como China e Índia. As pessoas nesses países estão comendo mais laticínios e carnes, o que aumenta a demanda e o preço dos alimentos.- Secas em diferentes partes do mundo, que provocaram uma queda na produção de grãos.- A queda da cotação do dólar no mercado internacional, provocando uma fuga de investidores em direção ao mercado de commodities.
Especialistas e líderes mundiais ainda não chegaram a um consenso sobre o peso específico que cada um desses fatores tem isoladamente no aumento dos preços.

Que conseqüências a crise tem no Brasil?
Além de poder provocar uma inflação em itens da cesta básica, atingindo principalmente os mais pobres, a crise afeta o Brasil em um momento em que o governo lança uma ofensiva para promover o etanol à base de cana-de-açúcar no mundo – aproveitando uma onda mundial de protestos contra mudanças climáticas e combustíveis fósseis.
A crise dos alimentos levou muitos países a rever suas políticas de incentivo a biocombustíveis. Nos Estados Unidos e na União Européia, alguns legisladores já estão pedindo a revisão de programas e metas de incentivo a biocombustíveis.
Por outro lado, a alta do preço dos alimentos também beneficia alguns produtores rurais, já que o Brasil é um grande exportador de alimentos.

O que deve acontecer na Cúpula da FAO em Roma?
O encontro de junho em Roma é o maior evento reunindo chefes de Estado e líderes globais desde o começo da crise da alta do preço dos alimentos.
É pouco provável que a declaração final do encontro provoque alguma mudança nas políticas adotadas por cada um dos países, segundo altos representantes da FAO e da ONU ouvidos pela BBC Brasil. Mas o encontro em Roma é importante, segundo eles, para que os líderes globais façam pressão em blocos ou em conversas separadas.
Por exemplo, dificilmente a declaração final do encontro fará um repúdio à decisão do Vietnã de restringir em parte a exportação de arroz, de olho no mercado interno. A declaração final precisa de consenso, inclusive com aval do país. No entanto, alguns chefes de Estado devem pressionar os líderes vietnamitas em conversas separadas.

Fontes: texto - BBC Brasil; imagem: Ilustração de Miguel Seixas ( Portugal)

domingo, 25 de maio de 2008

40 ANOS - MAIO DE 68




O QUE ACONTECEU EM MAIO DE 1968?

Em Maio de 1968 uma greve geral aconteceu na França.

Alguns filósofos e historiadores afirmaram que essa rebelião foi o acontecimento revolucionário mais importante do século XX, por que não se deveu a uma camada restrita da população, como trabalhadores ou minorias, mas a uma insurreição popular que superou barreiras étnicas, culturais, de idade e de classe. Começou como uma série de greves estudantis que irromperam em algumas universidades e escolas de ensino secundário em Paris, após confrontos com a administração e a polícia.

A acção estava na rua: centenas de milhares de estudantes enfurecidos marchavam sobre a calçada parisiense, levantavam a calçada até descobrir “a praia”.
Ao fim de trinta dias, Paris era outra cidade, França outro país, a Europa outro continente, e o Mundo, um mundo mundo. O impossível realizava-se.
“A imaginação ao poder!” “É proibido proibir!” , eram as frases e gritos de ordem nas ruas.

Há 40 anos, estudantes franceses engravatados atiraram pedras contra a polícia e exigiram que o duro sistema pós-guerra mudasse. Hoje, a classe estudantil [na França], preocupada com a busca por empregos e a perda de benefícios estatais, marcha pelas ruas pedindo para que nada mude. Maio de 1968 foi um divisor de águas na vida da França, um momento sagrado de libertação para muitos, em que a juventude se uniu, os trabalhadores ouviram e o governo semi-real do general De Gaulle se assustou.
A direita chama o incidente de "evento", enquanto a esquerda afirma que foi um "movimento".

Enquanto a revolta da juventude se tornou generalizada no Ocidente - dos protestos anti-Vietnã nos Estados Unidos aos Rolling Stones em uma descontraída Londres e finalmente a organização terrorista alemã de extrema esquerda Baader-Meinhof - a França foi onde os protestos da geração do baby-boom se aproximaram mais de uma revolução política real, com mais de 10 milhões de trabalhadores em greve, e não só como uma reação contra as regras de opressão sociais, educacionais e de educação sexual.
Em 1968, "A esperança era mudar o mundo, assim como a Revolução Bolchevique, porém foi inevitavelmente incompleta, e as instituições do Estado foram intocadas", disse Glucksmann ( ator e intelectual francês).


Fontes: BBC, Estadão e Wikipédia
PENSEMOS COMO USAR O EXEMPLO DO MOVIMENTO DE MAIO DE 68 PARA ANALISARMOS O ESTADO DAS COISAS NA ATUALIDADE, NÃO SÓ NA FRANÇA, JÁ QUE ESTA É UMA REALIDADE UM TANTO DISTANTE, MAS PRINCIPALMENTE NA REALIDADE QUE NOS RODEIA, DE UMA MANEIRA MAIS PRÓXIMA, NO BRASIL, POR EXEMPLO.




MEC amplia período de inscrição para o Enem 2008

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio Teixeira (Inep), órgão do Ministério da Educação (MEC), ampliou o período de inscrições para a prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem ) 2008 até o dia 13 de junho. O prazo anterior encerraria no dia 30 de maio.
O Inep, que é o responsável pela aplicação do exame, não divulgou alterações nas demais datas da avaliação. A prova está marcada para o dia 31 de agosto, às 13h, em cerca de 1.400 municípios. O exame é voluntário e é aplicado aos alunos que estão terminando o ensino médio em 2008 e para aqueles que já terminaram. Todos podem optar por efetuar a inscrição nas agências dos Correios ou pela internet.

Inscrições pelos Correios
Todas as escolas que preencheram o Censo Escolar 2007 vão receber fichas de inscrição. Alunos da rede pública podem retirar a ficha na escola e, depois de preenchida, entregá-la numa das agências dos Correios. A inscrição é gratuita para estudantes das escolas públicas. Estudantes da rede privada de ensino também podem retirar a ficha na própria escola, mas devem efetuar pagamento da taxa de R$ 35, em qualquer agência bancária, antes de entregar a ficha nos Correios. Quem já finalizou os estudos em anos anteriores, ou seja, o egresso do ensino médio, pode retirar a ficha direto nos Correios, e também pagará os R$ 35 pela inscrição. Ficam isentos de pagamento os egressos e os concluintes de instituições particulares que se declararem carentes.

Inscrições pela Internet
Para realizar a inscrição via Internet, o interessado deverá entrar no site do Inep, preencher a ficha e imprimir o comprovante. Quem optar pela inscrição pela internet não poderá solicitar isenção de taxa. Isso porque o sistema gera boleto automaticamente, que deve ser pago em qualquer agência bancária. O boleto estará disponível na página do Inep até o dia 25 de julho.

Confirmação da inscrição
Independente da forma escolhida para inscrição, o candidato receberá até o dia 18 de agosto o cartão de confirmação de inscrição informando a data, hora e local da prova. Se não receber até essa data, o inscrito deverá procurar uma agência dos Correios ou acessar a página do Inep para consultar a escola em que fará o exame.

A prova do Enem
O exame terá 63 questões objetivas de múltipla escolha, que abrangerão várias áreas de conhecimento, além de uma proposta para a redação. O estudante terá cinco horas para a realização da prova. Aqueles que fizeram a prova em anos anteriores, caso tenham interesse, poderão se inscrever novamente no Enem 2008.

quinta-feira, 22 de maio de 2008

COMUNISMO X CAPITALISMO




COMUNISMO: É um sistema econômico que nega a propriedade privada dos meios de produção e que visa o fim das classes sociais na sociedade.Para isso propõe uma organização econômica que passe pela desapropriação das propriedades privadas e pela distribuição igualitária dos recursos gerados.

Características:
►ausência de propriedade privada;
►ausência do ESTADO e de senhores da terra;
►ausência de classes sociais;
►existência da igualdade entre as pessoas.

O principal autor do denominado Comunismo é Karl Marx, e o principal livro escrito por ele é: ”O Manifesto do Partido Comunista”.

“A palavra comunismo apareceu pela primeira vez na
imprensa em 1827, quando Robert Owen se referiu a socialistas e comunistas. Segundo ele, estes consideravam o capital comum mais benéfico do que o capital privado. As palavras socialismo e comunismo foram usadas como sinônimos durante todo o século XIX. A definição do termo comunismo é dada após a Revolução russa, no início do século XX, pois Vladimir Lenin entendia que o termo socialismo já estava desgastado e deturpado. Por sua teoria, o comunismo só seria atingido depois de uma fase de transição pelo socialismo, onde haveria ainda uma hierarquia de governo”. ( dados da Wikipédia).

CAPITALISMO: É um sistema económico baseado na propriedade privada dos meios de produção e na propriedade intelectual e no livre mercado. Sendo que o termo foi usado pela primeira vez como “capitalista”- aquele que possui o CAPITAL. Para muitos economistas, o capitalismo moderno tem seu início na Revolução Industrial, que sse deu na Inglaterra no século XVIII (1784-1785).
Características:
►Propriedade privada;
►acúmulo de bens e capital;
►classes sociais diferenciadas;
►Existência de um ESTADO;
►mais-valia ou lucro: aquilo que sobra da produção, além do que é necessário ao uso do que é produzido;
►competitividade;
►livre iniciativa ( liberalismo econômico e político – conceito desenvolvido por Adam Smith, o principio do "laissez-faire" - o governo não deveria tomar posição no funcionamento livre do mercado- a denominada “ Mão –Invisível do mercado).

“Algumas pessoas enfatizam a propriedade privada de capital como sendo a essência do capitalismo, ou enfatizam a importância de um mercado livre como mecanismo para o movimento e acumulação de capital, já que um livre mercado é uma consequência lógica da propriedade privada”. ( dados da Wikipédia).
“(...)há uma discussão se o capitalismo é específico a uma época ou região geográfica particular ou se é um sistema universalmente válido, que pode existir através do tempo e do espaço. Alguns interpretam o capitalismo como um sistema puramente econômico; Marx, por sua vez, admite que o mesmo é um complexo de instituições político-econômicas que, por sua vez, determinará as relações sociais, éticas e culturais.” ( dados da Wikipédia).


Questão:
- Tendo por base os dois excertos de texto acima, escreve sobre os dois sistemas (comunismo/socialismo X capitalismo) enfatizando as características fundamentais de cada um deles e explicitando aquilo que você pensa da realidade que vivemos hoje.


Ilustração de Mauro Andriole

DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL


Texto: Marina Ceccato Mendes

Você já parou para pensar no que significa a palavra "progresso"? Pois então pense: estradas, indústrias, usinas, cidades, máquinas e muitas outras coisas que ainda estão por vir e que não conseguimos nem ao menos imaginar. Algumas partes desse processo todo são muito boas, pois melhoram a qualidade de vida dos seres humanos de uma forma ou de outra, como no transporte, comunicação, saúde, etc. Mas agora pense só: será que tudo isso de bom não tem nenhum preço? Será que para ter toda essa facilidade de vida nós, humanos, não pagamos nada?
Você já ouviu alguém dizer que para tudo na vida existe um preço? Pois é, nesse caso não é diferente. O progresso, da forma como vem sendo feito, tem acabado com o ambiente ou, em outras palavras, destruído o planeta Terra e a Natureza. Um estudioso do assunto disse uma vez que é mais difícil o mundo acabar devido a uma guerra nuclear ou a uma invasão extraterrestre (ou uma outra catástrofe qualquer) do que acabar pela destruição que nós, humanos, estamos provocando em nosso planeta. Você acha que isso tudo é um exagero? Então vamos trocar algumas idéias.

E o Desenvolvimento Sustentável?

O atual modelo de crescimento econômico gerou enormes desequilíbrios; se, por um lado, nunca houve tanta riqueza e fartura no mundo, por outro lado, a miséria, a degradação ambiental e a poluição aumentam dia-a-dia. Diante desta constatação, surge a idéia do Desenvolvimento Sustentável (DS), buscando conciliar o desenvolvimento econômico com a preservação ambiental e, ainda, ao fim da pobreza no mundo.
As pessoas que trabalharam na
Agenda 21 escreveram a seguinte frase: "A humanidade de hoje tem a habilidade de desenvolver-se de uma forma sustentável, entretanto é preciso garantir as necessidades do presente sem comprometer as habilidades das futuras gerações em encontrar suas próprias necessidades". Ficou confuso com tudo isso? Então calma, vamos por partes.
Essa frase toda pode ser resumida em poucas e simples palavras: desenvolver em harmonia com as limitações ecológicas do planeta, ou seja, sem destruir o ambiente, para que as gerações futuras tenham a chance de existir e viver bem, de acordo com as suas necessidades (melhoria da qualidade de vida e das condições de sobrevivência). Será que dá para fazer isso? Será que é possível conciliar tanto progresso e tecnologia com um ambiente saudável?
Acredita-se que isso tudo seja possível, e é exatamente o que propõem os estudiosos em Desenvolvimento Sustentável (DS), que pode ser definido como: "equilíbrio entre tecnologia e ambiente, relevando-se os diversos grupos sociais de uma nação e também dos diferentes países na busca da equidade e justiça social".
Para alcançarmos o DS, a proteção do ambiente tem que ser entendida como parte integrante do processo de desenvolvimento e não pode ser considerada isoladamente; é aqui que entra uma questão sobre a qual talvez você nunca tenha pensado: qual a diferença entre crescimento e desenvolvimento? A diferença é que o crescimento não conduz automaticamente à igualdade nem à justiça sociais, pois não leva em consideração nenhum outro aspecto da qualidade de vida a não ser o acúmulo de riquezas, que se faz nas mãos apenas de alguns indivíduos da população.
O desenvolvimento, por sua vez, preocupa-se com a geração de riquezas sim, mas tem o objetivo de distribuí-las, de melhorar a qualidade de vida de toda a população, levando em consideração, portanto, a qualidade ambiental do planeta.

O Desenvolvimento Sustentável tem seis aspectos prioritários que devem ser entendidos como metas:
 A satisfação das necessidades básicas da população (educação, alimentação, saúde, lazer, etc);
 A solidariedade para com as gerações futuras (preservar o ambiente de modo que elas tenham chance de viver);
 A participação da população envolvida (todos devem se conscientizar da necessidade de conservar o ambiente e fazer cada um a parte que lhe cabe para tal);
 A preservação dos recursos naturais (água, oxigênio, etc);
 A elaboração de um sistema social garantindo emprego, segurança social e respeito a outras culturas (erradicação da miséria, do preconceito e do massacre de populações oprimidas, como por exemplo os índios);
 A efetivação dos programas educativos.

Na tentativa de chegar ao Desenvolvimento Sustentável, sabemos que a Educação Ambiental é parte vital e indispensável, pois é a maneira mais direta e funcional de se atingir pelo menos uma de suas metas: a participação da população.

AGENDA 21 O QUE É?

A Agenda 21 foi um dos principais resultados da conferência
Eco-92, ocorrida no Rio de Janeiro, Brasil, em 1992. É um documento que estabeleceu a importância de cada país se comprometer a refletir, global e localmente, sobre a forma pela qual governos, empresas, organizações não-governamentais e todos os setores da sociedade poderiam cooperar no estudo de soluções para os problemas sócio-ambientais. Cada país desenvolve a sua Agenda 21 e no Brasil as discussões são coordenadas pela Comissão de Políticas de Desenvolvimento Sustentável e da Agenda 21 Nacional (CPDS).
A Agenda 21 se constitui num poderoso instrumento de reconversão da sociedade industrial rumo a um novo paradigma, que exige a reinterpretação do conceito de
progresso, contemplando maior harmonia e equilíbrio holístico entre o todo e as partes, promovendo a qualidade, não apenas a quantidade do crescimento.
Com a Agenda 21 criou-se um instrumento aprovado internacionalmente, que tornou possível repensar o
planejamento. Abriu-se o caminho capaz de ajudar a construir politicamente as bases de um plano de ação e de um planejamento participativo em nível global, nacional e local, de forma gradual e negociada, tendo como meta um novo paradigma econômico e civilizatório.
As ações prioritárias da Agenda 21 brasileira são os programas de
inclusão social (com o acesso de toda a população à educação, saúde e distribuição de renda), a sustentabilidade urbana e rural, a preservação dos recursos naturais e minerais e a ética política para o planejamento rumo ao desenvolvimento sustentável. Mas o mais importante ponto dessas ações prioritárias, segundo este estudo, é o planejamento de sistemas de produção e consumo sustentáveis contra a cultura do desperdício. A Agenda 21 é um plano de ação para ser adotado global, nacional e localmente, por organizações do sistema das Nações Unidas, governos e pela sociedade civil, em todas as áreas em que a ação humana impacta o meio ambiente.

PROTOCOLO DE KYOTO/QUIOTO

Constitui-se no protocolo de um
tratado internacional com compromissos mais rígidos para a redução da emissão dos gases que provocam o efeito estufa, considerados, de acordo com a maioria das investigações científicas, como causa do aquecimento global.
Discutido e negociado em
Quioto no Japão em 1997, foi aberto para assinaturas em 16 de março de 1998 e ratificado em 15 de março de 1999. Oficialmente entrou em vigor em 16 de fevereiro de 2005, depois que a Rússia o ratificou em Novembro de 2004.

Ilustração: SERTÃO - Aquarela de Mauro Andriole



quarta-feira, 21 de maio de 2008

REVOLUÇÃO FRANCESA - INTRODUÇÃO


No desenvolver do século XVIII existem dois importantes fatos históricos que marcaram esse período. De um lado temos a ascensão dos ideais iluministas, que pregavam a liberdade econômica e o fim das amarras políticas estabelecidas pelo poder monárquico. Além disso, esse mesmo século assistiu uma nova etapa da economia mundial com a ascensão do capitalismo industrial. Nesse contexto, a França conviveu com uma interessante contradição. Ao mesmo tempo em que abrigou importantes personagens do pensamento iluminista, contava com um estado monárquico centralizado e ainda marcado por diversos costumes atrelados a diversas tradições feudais. A sociedade francesa estava dividia em classes sócias distintas pela condição econômica e os privilégios usufruídos junto ao Estado. De um lado, tínhamos a nobreza e o alto clero usufruindo da posse das terras e a isenção dos impostos. Além disso, devemos salientar a família real que desfrutava de privilégios e vivia à custa dos impostos recolhidos pelo governo. No meio urbano, havia uma classe burguesa desprovida de qualquer auxilio governamental e submetida a uma pesada carga tributária que restringia o desenvolvimento de suas atividades comerciais. A classe proletária francesa também vivia uma situação penosa. No campo, os camponeses eram sujeitos ao poder econômico dos senhores feudais e viviam em condições mínimas. Muitos deles acabavam por ocupar os centros urbanos, que já se entupiam de um amplo grupo de desempregados e miseráveis excluídos por uma economia que não se alinhava às necessidades do nascente capitalismo industrial. Somados a todos estes fatores, a derrota francesa em alguns conflitos militares e as péssimas colheitas do final do século XVIII, contribuíram para que a crise econômica, e a desordem social se instalassem de vez na França. Desse modo, a década de 1780 veio carregada das contradições, anseios e problemas de uma nação que não dava mais crédito a suas autoridades. Temos assim, os preparativos da chamada Revolução Francesa.
Por Rainer SousaGradudado em HistóriaEquipe Brasil Escola – FONTE: http://www.brasilescola.com/historiag/revolucao-francesa.htm

terça-feira, 20 de maio de 2008

AQUECIMENTO GLOBAL: O QUE SE PODE FAZER?

Aquecimento global: o papel das empresas de TI

São Paulo, 2 de agosto de 2007 - Um dos temas em voga nos últimos tempos pelos veículos de comunicação é o aquecimento global. Muitas pesquisas estão sendo feitas ao redor do mundo para avaliar os resultados dos danos causados pelo homem ao ambiente e as projeções estão sendo cada vez mais assustadoras.
Como atuo na área de TI, acredito que o nosso papel nesse cenário é fundamental. As vantagens do uso da mobilidade para as empresas é certamente a diminuição de impressões de
documentos, a redução das distâncias com os meios de comunicação e a economia de combustíveis e do tempo, que deixamos de gastar quando usamos uma vídeo ou uma áudio-conferência, entre várias outras tecnologias. Hoje em dia, empresas como a Sky adotam práticas de paper less, ou seja, o menor uso de papéis para o trabalho.
Uma automação da força de vendas também contribui com a preservação do meio. Isso porque as empresas adotam equipamentos (PDA’s) para os profissionais de venda. Estes, por sua vez, atuam cada vez mais no seu foco, que é estar no cliente, e não tem a necessidade de ir e voltar a qualquer momento para a empresa. Ou seja, uma redução de tempo com locomação e combustível para o automóvel. Além disso, o número de papéis impresso diminui com os dispositivos móveis e o processamento das informações ficam armazenadas no aparelho, sendo estas também encaminhadas para outras pessoas ou equipamentos.
Outra possibilidade de contribuir com a preservação do ambiente é a utilização da vídeo-conferência, na qual pessoas de diferentes localidades podem conversar e discutir assuntos como se estivessem em uma reunião presencial. Isso garante ganho de tempo e elimina o deslocamento por meios de transportes, sendo que estes em geral poluem o ar. Vale afirmar que nos dispositivos móveis, a vídeo-conferência será possível por meio da rede 3G, quando esta estiver em pelno funcionamento no Brasil e no mundo, em qualquer lugar e hora.
Uma outra boa notícia é que estão sendo pesquisadas há alguns anos por
universidades e empresas o uso de novas baterias e algumas delas movidas a célula-combustível. O conceito dessa nova tecnologia é não poluir e não degradar o meio ambiente. Os estudos ainda estão em andamento, mas a previsão é que em alguns anos as atuais baterias deixem de existir, dando espaço a um meio de energia bem menos poluente e com muito mais autonomia que as usadas hoje em dia.
Sabemos que muitas empresas de TI estão pensando em formas de preservar o ambiente e desenvolvendo produtos e serviços ecologicamente corretos. A última que tive conhecimento foi uma bateria ecológica para celular, MP3 e outros eletrônicos. A novidade é movida a base de luz solar e garante energia para 1 hora no iPod e 25 minutos de conversação em celulares.
Enfim, creio que todos precisam estar atentos aos problemas causados pelo aquecimento global, ao mau uso dos recursos naturais e fazer a sua parte. O setor de TI, em especial as empresas de mobilidade, já estão em busca de alternativas para garantir a preservação do meio e agora basta as empresas adotarem essas práticas. Pensem nisso!


(João Moretti – Diretor e fundador da MobSys, empresa brasileira especializada em soluções de mobilidade corporativa)
( Aquarela: Floresta de Mauro Andriole )